Reformando

Por Deus e a Verdade

Que Problema Há em Dar Visando Receber?

Por Matt Perman

Os professores da prosperidade, por vezes, ensinam que se dermos a Deus. Ele irá nos devolver mais do que tivermos dado. Isto é um incentivo para darmos e um modo sutil de defender a ideia: “Deus quer que sejamos ricos”.

São dois os problemas principais que vale a pena mencionar. Primeiro, embora seja verdade que Deus não volte atrás em nos dar mais do que damos a Ele. Veja por exemplo: Mateus 19.29. Isto nem sempre é (ou geralmente) em termos financeiros. Deus nos dá em uma multiplicidade de formas e a financeira é somente uma delas,  e de longe nem é a mais importante.

Em segundo lugar, quando Deus nos devolve não é para que guardemos para nós, como se o intento de Deus em dar mais de Sua graça fosse encerrar em  nós mesmos. Pelo contrário, como somos mais abençoados por Deus (em todos os sentidos, não só financeiramente), Ele espera, que no momento certo, sejamos ajuda para os outros ainda mais. Isto não diminui a importância e o significado de Sua graça, mas na verdade aumenta muito mais. Para que experimentemos Sua graça plenamente quando significar um meio de servir aos outros.

Vemos essas duas realidade em II Coríntios 9.10-11: “Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come, também lhe suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus”. Vemos aqui que a bênção de Deus não é somente financeira porquanto Paulo diz vocês serão enriquecidos de todas as formas. Vemos ainda que Deus faz isso para podermos abençoar outras pessoas. Ademais,  Paulo escreve que Deus faz isso para que possamos ser generosos em qualquer ocasião.

Todavia, o verso não pára por aí, ele nos apresenta ainda uma terceira realidade: não é simplesmente que a graça deva  se encerrar nos outros em vez de nós mesmos, essa também não é a intenção final. Não em última análise, não termina nos outros também. Pelo contrário, o objetivo final é que resulte em ação de graças a Deus. Em outras palavras, a graça de Deus termina finalmente em Deus, não no homem. Começa nEle e, finalmente, termina nEle. A graça de Deus é teocêntrica.

Sim, então, Deus nos retorna mais do que temos dado, mas isso nem sempre é  ( ou principalmente) financeiro. Além disso, não pretende encerrar em nós, mas sim para ser um meio que nos permita prestar um serviço ainda maior para os outros e, em última análise, redunde em Seu louvor.

Deus nos ama demais para nos tratar como “saco sem saída*”. É precisamente porque Ele ama que ele não intenciona encerrar a bênção que Ele nos dá em nós.

*nota do tradutor: no original é cul-de-sacs no Wikipédia diz da expressão o seguinte: é uma expressão de origem catalã que , se traduzida literalmente, significaria fundo de saco. São características dos subúrbios anglófonos. O termo também é utilizado com a função de designar “becos-sem-saída’ e “ruas sem saída”. Ou seja, corrobora a ideia do autor do texto que Deus não encerra suas bênçãos em nós. Ou poderia também nos dar a ideia que somos sacos furados a derramar as bênçãos de Deus por onde passamos.

http://www.desiringgod.org/Blog/2404_the_problem_with_give_in_order_to_get/

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